O BiGea, grupo de Antropologia Molecular e Adaptação Humana da Universidade de Bolonha, publicou um estudo demonstrando que o DNA dos italianos se diferencia de acordo com a região do país em que vivem. Foram analisadas 800 pessoas de 20 províncias da Itália, sendo obtidas mais de 500 mil variações genéticas, o que permitiu identificar a adaptação às diferentes regiões geográficas e condições climáticas e também a história demográfica do país.
As mudanças nos perfis genéticos ocorrem gradativamente do norte ao sul, sendo mais homogêneos entre si os perfis de províncias mais próximas geograficamente. O fluxo histórico de imigração para a Itália é responsável por grande parte da variação genética encontrada. Ao norte do país, são localizadas características genéticas de grupos provenientes da Europa Oriental do final da Idade do Bronze; já na região central e meridional há maior influência genética do Oriente Médio e do Norte da África, especialmente por conta da ocupação árabe da Sicília.
Os mecanismos evolutivos que permitiram a adaptação aos diferentes ambientes também moldaram a suscetibilidade a determinadas doenças. Durante os rigorosos invernos da região do norte da Itália, o consumo de uma dieta mais gordurosa e rica em calorias permitiu uma maior sobrevivência. Foram então favorecidas pela seleção natural as variantes genéticas que permitiam modular a metabolização de gorduras e condicionar a sensibilidade das células à insulina. Desta forma, é bastante reduzido o risco de desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares nesta região.
Fiz um teste de DNA, por intermédio do Grupo Genera e pertenço ao Haplogrupo I-M253, que herdei do meu pai que tem origem italiana. Pelo que já li sobre o assunto, este tipo não é comum por lá. A minha dúvida é saber porque tenho este DNA?
Olá, João. Para dúvidas referentes ao resultado do exame, por favor, entre em contato com nossa Central de Atendimento para que possamos melhor atendê-lo. Atenciosamente, Grupo Genera.